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Viver na Europa para ter qualidade de vida X saúde mental

É possível viver com qualidade de vida na Europa abrindo mão da saúde mental?

Só de pensar em se mudar para a Europa já dá aquela dorzinha gostosa na barriga, também conhecida como borboletas no estômago. E então você vai amadurecendo a ideia, estudando, planejando, se preparando, aprendendo o idioma, juntando dinheiro, devorando vídeos na internet, conversando com Deus e o mundo para obter todo o tipo de informação possível e aguarda ansiosamente até chegar o grande dia, que parece demorar a eternidade. Se reconheceu como protagonista dessa história?

Geralmente desejamos mudar de continente motivadas por conquistar mais qualidade de vida, mais segurança, mais acesso (a tudo), mais possibilidades de viajar, mais liberdade para podermos ser quem realmente somos e um montão de outras coisas boas.

Então, mudamos de país para ter uma vida melhor e, conforme o tempo passa, vemos que em alguns aspectos não conseguimos ter uma vida melhor. A vida nova trouxe muitas mudanças, sentimos saudades de casa como nunca e a mala estava pesada demais por que não trouxe só esperanças e alegrias, mas também inseguranças, medos e ansiedade. Então eu aproveito para te perguntar: é possível viver com qualidade de vida na Europa abrindo mão da saúde mental?

Alguns pequenos desajustes iniciais fazem parte da vida de imigrante, afinal, você está passando por um período de adaptação em uma sociedade que não é a sua e com uma cultura completamente diferente da que você está acostumada.

Mas não é porque está em fase de adaptação que vai deixar a sua saúde mental de lado. Ignorar os efeitos que essas mudanças provocam no seu corpo e na sua mente podem transformar a sua experiência de morar fora em algo bastante desagradável, e você não precisa passar por isso.

Se o seu objetivo ao morar fora é buscar uma vida melhor, ela tem que ser melhor em todos os sentidos, não apenas em alguns.

O que você pensa sobre isso? Já passou por essa experiência?

Por Raquel Duaibs

Psicóloga, Mestre em Migrações (Universidad de Almería), Doutora (Università di Bologna/Unicamp), Mestre (UFSCar). Autora do Programa 21 Pílulas de Autoconhecimento para Imigrantes. Especialista em atendimento clínico de imigrantes brasileiras que vivem na Europa em busca de uma vida com mais protagonismo, qualidade, bem-estar, saúde mental, satisfação e desenvolvimento pessoal e profissional.

2 respostas em “Viver na Europa para ter qualidade de vida X saúde mental”

Toda razão, Raquel! Viajar e viver entre outras culturas abre horizontes e trás consigo muitas dúvidas e incertezas. Você está incrementando sua bagagem e sendo ainda jovem já é uma peça tão preciosa para o entorno.
“Gracias por existir!” como diría Eros Ramazzotti.

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